terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Raiz do sofrimento humano: o próprio homem e suas escolhas.

A sociedade humana parece com o cachorro correndo em círculos atrás do próprio rabo. Ela necessita observar melhor os cachorros e perceber que o rabo só é apanhado quando o cachorro para, relaxa, sossega. A partir dai o rabo fica facilmente à disposição do cão. Quando será que os seres humanos vão parar de tanto correr, atrás do que? O vazio que os seres humanos tentam preencher atravéz da incessante e infindável satisfação dos desejos, só será preenchido quando eles pararem para olhar esse vazio interior, essa sensação de inutilidade que aparece quando ele para, fica quieto. A descoberta deste vazio será a grande satisfação dos seres humanos, mas para isto é necessária uma revisão de valores, todos eles impostos pelas mentiras criadas pela mente humana: ’seja famoso, estude e seja o melhor, deixe o seu nome gravado nos anais da história, em um nome de rua, em qualquer lugar onde possam reconhecer você, mesmo depois de morto’. O ser humano caminha pela vida como um robô, desde a infância, sendo condicionado a viver os padrões ensinados e dados como certos, sem que ele possa, ou tenha a coragem de procurar descobrir a sua própria verdade, de o porque ele veio parar neste planeta. A criança é alegre, investigativa, cheia de vida e tudo isso vai sendo minado pelos pais e educadores, que as vão colocando cabrestos sociais, retirando a sua capacidade de descobrir o mundo por sua própria conta. E mais, uma série de preconceitos e tabus já são logo colocados em seu cérebro, como verdades absolutas, que diferem das verdades de outras culturas, gerando as guerras, familiares, entre famílias, entre os cidadãos e entre os países, sem falar nas seitas religiosas. E ai querem acabar com as guerras, com os conflitos, tudo através de ideologias e políticas públicas e sociais, mais cabrestos e levantar mais fúria dentro de cada indivíduo. A saída para todos estes males está nas mãos dos grandes Mestres que esta humanidade já produziu, ou que eles mesmos se produziram, ao procurarem sair deste emaranhado. Buda deixou o palácio de seus pais, a revelia, e foi buscar a si mesmo e em 6 anos encontrou sua jóia preciosa, seu próprio Ser. Jesus, aos 12 anos, já deixou o seu pai e mãe e sumiu de cena, tendo ido buscar a si próprio e voltando aos 30 anos para compartilhar o seu Ser com os demais seres. Muitos Mestres além destes dois, os mais e quase os únicos conhecidos, estão sempre passando por este planeta espalhando sua sabedoria e oferecendo àqueles que querem realmente sair da angústia e sofrimento em que vivem, sejam eles pobres, ricos, na mais baixa escala social, ou na mais alta, todos eles. Mas as pessoas continuam buscando na Ciência, na Tecnologia, nas Religiões e Filosofias constituídas o sair da angústia e sofrimento, sem nada conseguirem. Como dizia Buda, até quando o ser humano vai continuar dormindo e roncando, mesmo acordado?  

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